O Irmão Pentelho!


 "Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos" (Lucas 15:29).


Você tem algum irmão pentelho? Daqueles que às vezes fala o que não deveria que age de um jeito que você não gosta muito e nas horas mais inconvenientes. O fato é que sempre tem um irmão pentelho por perto, daqueles que deixam a gente constrangido ou que tiram a gente do saio de vez em quando. Pois é, até na bíblia a gente encontra alguns “irmãos pentelhos”. E em uma família muito específica podemos observar isso.
Como você sabe haviam dois irmãos, um deles (O Pródigo) decidiu pegar sua parte da herança e saiu pra curtir a vida. Quebrou a cara, perdeu os amigos quando o dinheiro acabou, desejou ser apenas um trabalhador na casa de seu pai e voltou arrependido, recebendo o perdão do pai. É uma história linda, mas não é sobre ele que trataremos. Vamos observar um pouco a vida daquele filho que permaneceu na casa do pai.  

Se fizermos uma comparação rápida chegaremos a conclusão de que o filho que permaneceu era um homem definido, com princípios, o filho correto e digno de ser honrado por sua postura. Este filho é na realidade um modelo prático de religiosidade. Na verdade, ele era o “irmão pentelho” porque quando seu irmão retornou para casa arrependido, ao invés de se encher de alegria junto com o pai e recebê-lo com amor, este filho (O bonzinho da história, que não foi para o mundo) ficou resmungando, tristinho e contrariado. Quando seu pai foi lhe falar, ele simplesmente descarregou aquilo que estava em seu coração.

Aquele filho reclamou com o pai, pois achava a festa do Pródigo injusta com ele. Afinal, ele sempre esteve na casa do pai, trabalhava continuamente sendo exemplo de caráter e dignidade, não se rebelou como o irmão e neste momento ele se viu no direito de questionar com o pai. 
O problema daquele filho (O que ficou em casa) é o mesmo que muitos de nós temos. Ele vivia na casa do pai, tinha acesso a todos os bens do pai e melhor, tinha acesso à presença do pai justamente por ser filho, mas mesmo assim vivia como apenas um trabalhador. Esta é nossa triste história de vida religiosa, estamos tão perto e tão longe do Pai. Vivemos na Casa do Senhor, participamos da obra e nos ocupamos com tantos afazeres do Pai, mas muitas vezes não vivemos como Filhos do Pai. É verdade que somos servos do Senhor que cooperam para a obra do Reino de Deus, mas somos muito mais do que servos, a Palavra diz que somos Filhos.

A questão daquele filho que permaneceu na casa é que ele vivia com o pai apenas como um serviçal, ele não se via como filho e por isso não vivia os privilégios de ser filho. Quando olhou para o rebelde retornando para casa e a festa que foi preparada por seu retorno ao Pai ele se frustrou completamente. Este filho estava tão ocupado com sua justiça humana que não conseguia ver a beleza de estar na Casa do Pai, muito menos se alegrar com o perdido que voltou.

Não seja um “filho pentelho”, acostumado apenas com o serviço ao Pai, mas viva como Filho genuíno que desfruta da Intimidade do Senhor. O Pai nos chama nesses dias para habitar em Sua Presença e desfrutar de uma vida de Filhos!

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